sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Informação Pascom Nossa Senhora do Carmo

Durante o mês de dezembro, a Rádio 91.9 FM (Rádio Rural de Natal) vai desenvolver uma campanha intitulada "Qual o seu propósito?". De 3 a 28 de dezembro, todas as tardes, às 15h30, no programa 91 Online, com Cláudio Sandegi, será homenageada uma pessoa que faz o bem, que faz a diferença na sociedade. Ao todo, serão homenageadas 20 pessoas. Além disso, os ouvintes serão estimulados a enviarem mensagens para o whatsapp da rádio - (84) 98111-9190, falando qual o "propósito de vida delas".

A campanha foi lançada na manhã desta sexta-feira, no programa "Sim à vida", com Padre Nunes.

#Qualoseuproposito


Papa: mundanidade leva à destruição Vatican News

POPE FRANCIS 
Antoine Mekary | ALETEIA | I.Media

Afastar-se "desta sedução mundana e pagã e olhando para o horizonte, esperando Cristo"

O Papa Francisco advertiu hoje os cristãos sobre os riscos da “paganização da vida”.
O fim do mundo e o fim de cada um de nós: este é o tema que a liturgia da semana propõe e foi o tema também da homilia do Papa ao celebrar a missa esta manhã (29/11) na capela da Casa Santa Marta.
A primeira leitura, extraída do livro do Apocalipse de São João, descreve a destruição de Babilônia, a cidade símbolo da mundanidade, “do luxo, da autossuficiência, do poder deste mundo”, disse Francisco.
A segunda leitura, do Evangelho de Lucas, narra a devastação de Jerusalém, a cidade santa. No dia do juízo, Babilônia será destruída com um grito de vitória. A grande prostituta cairá condenada pelo Senhor e mostrará a sua verdade: “morada de demônios, abrigo de todos os espíritos maus”. Sob a sua magnificência, mostrará a corrupção, as suas festas parecerão de falsa felicidade. Sua destruição será violentada e ninguém mais a encontrará”:
O som dos músicos, dos tocadores de harpa, de flauta e de trombeta, não se ouvirá mais de ti; – não haverá belas festas, não… – nenhum artista de arte alguma se encontrará mais em ti; – porque não és uma cidade de trabalho, mas de corrupção – o canto do moinho não se ouvirá mais em ti; a luz da lâmpada não brilhará mais em ti; – será talvez uma cidade iluminada, mas sem luz, não luminosa; esta é a civilização corrompida – a voz do esposo e da esposa não se ouvirá mais em ti.
Chegará um dia, disse o Papa, em que o Senhor dirá: chega. “Esta é a crise de uma civilização que se julga orgulhosa, suficiente, ditatorial e acaba assim”.
Jerusalém, prosseguiu o Papa, verá a sua ruína devido a outro tipo de corrupção, “a corrupção da infidelidade ao amor; não foi capaz de reconhecer o amor de Deus no seu Filho”. A cidade santa “será espezinhada pelos pagãos”, punida pelo Senhor, porque abriu as portas do seu coração ao pagãos.
Há a paganização da vida, no nosso caso, cristã. Vivemos como cristãos? Parece que sim. Mas na verdade, a nossa vida é pagã quando acontecem essas coisas, quando entra nesta sedução de Babilônia, e Jerusalém vive como Babilônia. Quer-se fazer uma síntese que não se pode fazer. E ambas serão condenadas. Você é cristão? Você é cristã? Viva como cristão. Não se pode misturar a água com o óleo. Sempre diferente. O fim de uma civilização contraditória em si mesma que diz ser cristã e vive como pagã.
Retomando a narração das duas leituras, o Papa afirma que depois da condenação das duas cidades, se ouvirá a voz do Senhor; depois da destruição, haverá a salvação. “E o anjo disse: ‘Felizes são os convidados para o banquete das núpcias do Cordeiro!’. A grande festa, a verdadeira festa!”
Existem tragédias, inclusive na nossa vida, mas diante dessas coisas, é preciso olhar para o horizonte, porque fomos redimidos e o Senhor virá para nos salvar. E isso nos indigna de viver as provações do mundo não num pacto com a mundanidade ou com a ‘paganidade’ que nos leva à destruição, mas na esperança, afastando-nos desta sedução mundana e pagã e olhando para o horizonte, esperando Cristo, o Senhor. A esperança é a nossa força: vamos em frente. Mas devemos pedir ao Espírito Santo.
Por fim, Francisco convida a pensar nas babilônias do nosso tempo, nos inúmeros impérios poderosos, por exemplo do século passado, que ruíram. “E este será o fim também das grandes cidades de hoje – afirmou – e assim acabará a nossa vida se continuarmos a levá-la neste caminho de paganização”. O Papa concluiu dizendo que permanecerão somente aqueles que depositam sua esperança no Senhor. Portanto: “Abramos o coração com esperança e nos afastemos da paganização da vida”.

(Vatican News)

Papa: hoje é preciso testemunhas de bondade e de amor gratuito

Audiência do Papa Francisco aos membros do Centro Sardenha Solidária 

"A cultura da solidariedade e da gratuidade qualifica o voluntariado e contribui concretamente para a construção de uma sociedade fraterna, em cujo centro está a pessoa humana", disse Francisco aos cerca de 700 membros do Centro de Serviço para o Voluntariado "Sardenha Solidária".

Raimundo de Lima - Cidade do Vaticano

“O serviço de voluntariado solidário é uma escolha que torna livres e abertos às necessidades do outro; às exigências da justiça, à defesa da vida, à salvaguarda da criação, com uma atenção tenra e especial pelos doentes e, sobretudo, pelos anciãos, que são um tesouro de sabedoria!”

Foi o que disse o Papa aos cerca de 700 membros do Centro de Serviço para o Voluntariado “Sardenha Solidária”, recebidos por Francisco na manhã desta sexta-feira (30/11) na Sala Paulo VI, no Vaticano, por ocasião do 20º aniversário de sua fundação.

Apreço pelo que fazem em favor dos necessitados

“Vocês representam a multidão de voluntários sardos, que trabalha por um generoso quanto necessário serviço aos últimos, num território – da bela Ilha de vocês – rico de tesouros, belezas naturais, de história e de arte, mas também marcado por pobreza e dificuldade”, frisou o Santo Padre em seu discurso aos presentes.
O Pontífice manifestou seu apreço pelo que fazem e continuam fazendo em prol “das faixas mais frágeis da população sarda, com uma atenção voltada também para alguns entre os países mais pobres do mundo”.

A pessoa humana no centro de uma sociedade fraterna

“Isso deve ser ressaltado porque é sinal de que não se ‘isolaram’, mas, apesar, das grandes necessidades internas, tiveram aberto o horizonte da solidariedade de vocês”, frisou o Santo Padre, acrescentando que “nessa perspectiva, souberam acolher e incluir aqueles que chegaram à Sardenha vindo de outras terras em busca de paz e de trabalho”.
“A cultura da solidariedade e da gratuidade qualifica o voluntariado e contribui concretamente para a construção de uma sociedade fraterna, em cujo centro está a pessoa humana. Na terra de vocês tal cultura haure abundantemente das robustas raízes cristãs, ou seja, do amor a Deus e amor ao próximo.”

Reconhecer no outro o irmão a ser amado

“É o amor a Deus que nos faz sempre reconhecer no outro o próximo, o irmão ou a irmã a ser amado. E isso requer compromisso pessoal e voluntário, para o qual certamente as instituições públicas podem e devem criar condições gerais favoráveis”, afirmou ainda o Pontífice.
Graças a essa “seiva” evangélica, a ajuda mantém sua dimensão humana e não se rompe. “Justamente por isso vocês voluntários não realizam uma obra de suplência na rede social, mas contribuem para dar uma feição humana e cristã à nossa sociedade”, observou Francisco.
“Encorajo-os a prosseguir com paixão a missão de vocês, buscando todas as formas possíveis e construtivas para despertar na opinião pública a exigência de comprometer-se pelo bem comum, em auxílio aos fracos e aos pobres.”

Na base de tudo a finalidade última, o serviço ao próximo

Antes de concluir o Papa fez uma constatação e deixou aos presentes uma forte exortação:
“Hoje há muita necessidade de testemunhas de bondade, de ternura e de amor gratuito. Há necessidade de pessoas perseverantes, que enfrentam as dificuldades com espírito de unidade e colocando sempre na base de tudo a finalidade última, ou seja, o serviço ao próximo. Assim fazendo vocês continuarão sendo para toda a Sardenha um ponto de referência e um exemplo.”


Fonte:vaticannews.va


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3 das mais famosas medalhas devocionais católicas


medalhas devocionais 


Elas são sacramentais que reúnem milhares de testemunhos de bênçãos e graças de Deus

As medalhas devocionais, na Igreja, são exemplos de sacramentais, ou seja, extensões dos sete sacramentos que, como sinais visíveis, nos ajudam a enxergar e acolher a graça de Deus no nosso dia-a-dia.
Embora muita gente os veja de forma errônea como uma espécie de “superstição”, os sacramentais fazem parte da vida na Igreja desde o início do cristianismo e servem para enriquecer a nossa vida espiritual, não para prejudicá-la. Foram instituídos pela Igreja para incentivar em nós um relacionamento cada vez mais profundo com Cristo e para nos ajudar a focar na santificação de cada parte da nossa vida, inclusive nas mais singelas e cotidianas.

Entre os sacramentais mais conhecidos estão o o Crucifixo, o Rosário, o Escapulário, a Água Benta, o Sal Abençoado… Outros sacramentais muito populares são as medalhas devocionais, em especial as três que destacamos a seguir:
*

1 – A Medalha Milagrosa

Em 1830, durante aparição a Santa Catarina Labouré na Capela das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, na Rue du Bac, em Paris, Nossa Senhora se mostrou de pé sobre uma esfera branca, esmagando com os pés uma serpente e trazendo nas mãos um globo. De repente, o globo desapareceu e os braços da Virgem se estenderam para a terra. Seus dedos estavam ornados com anéis de pedrarias, dos quais emanavam raios de luz simbolizando as graças concedidas a quem as pede. Porém, algumas pedras não emitiam luminosidade alguma: elas simbolizavam as pessoas que nunca pedem nenhuma graça a Maria. Em seguida, em formato oval, apareceu esta inscrição:
“Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”.
Na visão de Catarina, o verso dessa imagem mostrava a letra “M”, encimada por uma cruz, e, abaixo, dois corações: o Sagrado Coração de Jesus, coroado de espinhos, e o Imaculado Coração de Maria, cercado por rosas e trespassado por uma espada. O verso da medalha é circundado por doze estrelas, seis a cada lado. Além de instruir Catarina a fazer a medalha baseada nessa visão, Nossa Senhora promete abundantes graças para todos os que a usarem com confiança.

medalha milagrosa 
Os relatos de milagres de curas e conversões começaram quase imediatamente na própria Paris, como no caso da avassaladora epidemia de cólera que arrancou a vida de mais de 20.000 parisienses naquela mesma década. Quando as religiosas começaram a distribuir a medalha milagrosa, iniciaram-se os relatos de cura e de proteção contra a doença. Quanto às conversões, a mais famosa é a do banqueiro francês Alphonse Ratisbonne, de rica família judaica, mas ateu: em 1842, após usar por brincadeira a Medalha Milagrosa, ele testemunhou pessoalmente uma aparição de Maria em Roma, se converteu ao catolicismo e se ordenou sacerdote.






2 – A Medalha de São Bento

São Bento nasceu em 480 na Úmbria, região da Itália central, filho de uma nobre família romana, e, desde pequeno, manifestou gosto especial pela oração. Depois de estudar filosofia e retórica e viver uma vida de eremita, fundou doze mosteiros e começou a organizar a vida monástica comunitária mediante a Regra dos Mosteiros, depois conhecida, até hoje, como a Regra de São Bento.
Foi sob esta regra que nasceu e tomou forma a Ordem dos Beneditinos, ou Ordem de São Bento, viva e atuante até os nossos dias e seguidora da mesma regra escrita pelo santo fundador há mais de 1500 anos. Ao longo da história, várias outras ordens de monges do Ocidente adotaram, com adaptações, a Regra de São Bento. Após a sua morte, em 547, a devoção a São Bento se espalhou solidamente pelo mundo todo, fazendo dele um dos padroeiros da Europa.
Um dos símbolos dessa devoção é a Medalha de São Bento.

medalha de São Bento 
Num dos seus lados, vemos São Bento segurando o livro da Regra monástica e a Cruz. Ao redor, a prece EIUS IN OBITU NRO PRAESENTIA MUNIAMUR (“Sejamos confortados pela presença de São Bento na hora de nossa morte“). O corvo com pão no bico e cálice do qual sai uma serpente lembram as tentativas de envenenamento sofridas por São Bento, das quais ele saiu ileso.
No outro lado da medalha, destacam-se diversas siglas:
  • Entre os braços da cruz, as letras CSPB: “Crux Sancti Patris Benedicti” (“Cruz do Santo Padre Bento“).
  • Na haste vertical da cruz, CSSML: “Crux Sacra Sit Mihi Lux” (“A cruz sagrada seja minha luz“).
  • Na horizontal, NDSMD: “Non Draco Sit Mihi Dux” (“Não seja o dragão meu guia“).
  • No alto, a palavra “PAX” (“Paz”) ou o monograma de Cristo, IHS (“Iesus hominum Salvator“, “Jesus Salvador dos homens“).
  • À direita de PAX, as iniciais VRSNSMV: “Vade Retro Sátana Nunquam Suade Mihi Vana” (“Retira-te, satanás, nunca me aconselhes coisas vãs“).
  • Continuando o círculo, SMQLIVB: “Sunt Mala Quae Libas Ipse Venena Bibas” (“É mau o que me ofereces, bebe tu mesmo os teus venenos“).
Como sacramental, o uso habitual da medalha tem por efeito colocar-nos sob a especial proteção de São Bento, principalmente quando se tem confiança nos méritos de tão grande santo e nas grandes virtudes da Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo. São numerosos os fatos miraculosos atribuídos a esta medalha, que evoca socorro contra as ciladas do demônio e impulso para alcançar graças espirituais como a conversão e a vitória contra as tentações.







3 – A Medalha de São Cristóvão

O nome Cristóvão deriva do grego “Christóphoros”, formado pelas palavras “Christós”, Cristo, e “phoros”, que quer dizer “portador”, “aquele que leva“. O nome, portanto, significa “aquele que leva Cristo”.
Trata-se, originalmente, de uma espécie de “título” atribuído a partir do século XII a um homem de robustez extraordinária que, segundo as narrativas populares medievais, durante uma aparição do Menino Jesus, O teria carregado aos ombros para ajudá-Lo a atravessar um rio. Esse homem grande e forte, segundo as histórias piedosas, se converteu e veio a ser conhecido como São Cristóforo. Em português, o nome acabou sendo transformado aos poucos, no linguajar popular, em São Cristóvão, o santo padroeiro dos viajantes, costumeiramente representado com o Menino Jesus sobre seus ombros.
Praticamente não há informações históricas sobre a vida e a morte do mártir São Cristóvão, mas os relatos lendários a seu respeito vêm da Legenda Áurea, uma célebre compilação de histórias de santos popularizada no século XIII.
A intercessão de São Cristóvão é frequentemente invocada quando se viaja de carro, motivo pelo qual é comum manter no veículo a medalha dedicada a ele. Mas a mesma intercessão pode ser pedida em qualquer tipo de viagem, não apenas de carro.

medalha de São Cristóvão



Fonte: aleteia.org


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quinta-feira, 29 de novembro de 2018

As catequeses do Papa Francisco sobre os Dez Mandamentos

Papa Francisco durante a Audiência Geral na Praça São Pedro 
Na Audiência Geral de 13 de junho de 2018 o Papa Francisco deu início à sua série de catequeses sobre o Decálogo, concluída neste 28 de novembro.
 
Cidade do Vaticano

O Papa Francisco concluiu na Audiência Geral desta quarta-feira, 28 de novembro, sua série de catequeses sobre os Mandamentos. Abaixo, segue o link que dá acesso ao texto:

13 de junho – Os mandamentos – Parte I: https://is.gd/lLqjOg

20 de junho – Os mandamentos – Parte II: https://is.gd/o1XGSZ

27 de junho – Os mandamentos – Parte III: https://is.gd/6oUmC6

1º de agosto – A idolatria - Parte I: https://is.gd/VCWbiX

8 de agosto – A idolatria - Parte II: https://is.gd/m6oDwJ

22 de agosto –  Não tomarás seu Santo nome em vão: https://is.gd/855T17

5 de setembro – O dia do repouso - Parte I: https://is.gd/4Nzeda

12 de setembro – O dia do repouso - Parte II: https://is.gd/ljOZNe

19 de setembro – Honrarás Pai e Mãe:  https://is.gd/e5VAXD

10 de outubro – Não matarás - Parte I: https://is.gd/ayaG3P

17 de outubro -   Não matarás – parte II : https://is.gd/2Y0swq

24 de outubro – Não cometerás adultério - Parte I: https://is.gd/L4cmb3

31 de outubro - Não cometerás adultério – Parte II : https://is.gd/3XY7JJ

7 de novembro – Não roubarás: https://is.gd/WBqzKA

14 de novembro – Não levantarás falso testemunho: https://is.gd/4L6eJC

21 de novembro -  Não cobiçarás a mulher [...], nem coisa alguma que pertença ao teu próximo: https://is.gd/oc2DQw

28 de novembro – A lei nova em Cristo e os desejos segundo o Espírito: https://is.gd/iE9BTE (momentaneamente apenas emitaliano)


Fonte:www.vaticannews.va

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Papa: atenção com o consumismo; a generosidade alarga o coração

Papa celebra a missa na Casa Santa Marta 

O Evangelho desta segunda-feira (Lc 21,1-4) inspirou a homilia do Papa Francisco na Casa Santa Marta, em que advertiu para a "doença do consumismo".
 
Debora Donnini - Cidade do Vaticano

O Papa começou a semana celebrando a missa na capela da Casa Santa Marta. Na homilia, o Pontífice comentou o Evangelho do dia, onde há um contraste entre ricos e pobres.
O Papa destacou como muitas vezes no Evangelho Jesus faz este contraste e alguém poderia “etiquetar” Cristo como “comunista”, mas “o Senhor, quando dizia essas coisas, sabia que por trás das riquezas havia sempre o espírito maligno: o senhor do mundo”. Por isso, disse uma vez: “Não se pode servir a dois senhores, servir a Deus e servir às riquezas”.

A generosidade nasce da confiança em Deus

Também no Evangelho de hoje há um contraste entre os ricos que “depositavam ofertas no tesouro” e uma viúva pobre que depositava duas pequenas moedas. Esses ricos são diferentes do rico Epulão: “não são maus”, destacou o Papa. “Parecem ser pessoas boas que vão ao Templo dar uma oferta”. Trata-se, portanto, de um contraste diferente. O Senhor quer nos dizer outra coisa quando afirma que a viúva lançou mais do que todos porque deu “tudo quanto tinha para viver”. “A viúva, o órfão, o migrante, o estrangeiro eram os mais pobres na vida de Israel” a ponto que quando se queria falar dos mais pobres, se fazia referência eles. Esta mulher “deu o pouco que tinha para viver” porque confiava em Deus, era uma mulher das bem-aventuranças, era muito generosa: “dá tudo porque o Senhor é mais que tudo. A mensagem desta trecho do Evangelho é um convite à generosidade”, evidenciou o Papa.

Fazer o bem

Diante das estatísticas da pobreza no mundo, das crianças que morrem de fome, que não têm nada para comer, não têm remédios, tanta pobreza – que se ouve todos os dias nos telejornais e nos jornais – é uma atitude positiva questionar-se: “Mas como posso resolver isto?”. Nasce da preocupação de fazer o bem. E quando uma pessoa que tem um pouco de dinheiro se pergunta se o pouco que tem serve, o Papa responde que sim, “como as duas pequenas moedas da viúva”.
Um chamado à generosidade. E a generosidade é uma coisa de todos os dias, é uma coisa que nós devemos pensar: como posso ser mais generoso com os pobres, com os necessitados... como posso ajudar mais? “mas o senhor sabe, padre, que nós mal chegamos ao final do mês” – “mas sobra alguma pequena moeda? Pense: é possível ser generoso com estas... Pense. As pequenas coisas: façamos, por exemplo, uma viagem nos nossos quartos, uma viagem no nosso armário. Quantos sapatos tenho? Um, dois, três, quatro, 15, 20... cada um pode dizer. Demasiados... Eu conheci um monsenhor que tinha 40... mas se você tem tantos calçados, dê a metade. Quantas roupas que não uso ou uso uma vez por ano? É um modo de ser generoso, de dar o que temos, de compartilhar.

A doença do consumismo

Depois, Francisco contou que conheceu uma senhora que quando fazia compras no supermercado, sempre comprava para os pobres 10% do que gastava: dava o “dízimo” aos pobres, destacou.
Nós podemos fazer milagres com a generosidade. A generosidade das pequenas coisas, poucas coisas. Talvez não fazemos isso porque não pensamos. A mensagem do Evangelho nos faz pensar: como posso ser mais generoso? Um pouco mais, não muito... “É verdade, padre, é assim, mas... não sei porque, mas sempre há o medo...” Mas há outra doença, que é a doença contra a generosidade hoje: a doença do consumismo.
Doença que consiste em comprar sempre coisas. O Papa recordou que quando vivia em Buenos Aires “todo final de semana tinha um programa de turismo-compras”: o avião lotava na sexta à noite e se dirigia a um país a cerca de 10 horas de voo e todo o sábado e parte do domingo ficavam comprando. Depois voltavam.
Uma doença séria, a do consumismo, de hoje! Eu não digo que todos nós fazemos isso, não. Mas o consumismo, o gastar mais do que precisamos, uma falta de austeridade de vida: este é um inimigo da generosidade. E a generosidade material – pensar nos pobres, “isso posso dar para que possam comer, para que se vistam” – essas coisas, tem outra consequência: alarga o coração e o leva à magnanimidade.

Pedir a graça da generosidade

Trata-se, portanto, de ter um coração magnânimo onde todos entram. Concluindo, o Papa exortou a percorrer o caminho da generosidade, iniciando com um “controle em casa”, isto é, pensando “naquilo que não me serve, que servirá a outra pessoa, para um pouco de austeridade”. É preciso pedir ao Senhor “para que nos liberte” daquele mal tão perigoso que é o consumismo, que torna escravos, uma dependência do gastar. “É uma doença psiquiátrica.” O Papa concluiu: “Peçamos esta graça ao Senhor: a generosidade, que alarga o nosso coração e nos leva à magnanimidade.”

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

CNBB lançou hoje nova tradução oficial da Bíblia, que levou 11 anos para ser feita

Bíblia CNBB 
CNBB

"Confiamos esta Bíblia Sagrada a Maria, Mãe da Igreja, discípula fiel do Senhor, que acolheu, meditou e cumpriu a Palavra"

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou hoje, 21, a nova tradução oficial da Bíblia em português.

Conforme recomendação do Concílio Vaticano II, a tradução é baseada nos textos originais hebraicos, aramaicos e gregos e comparada com a Nova Vulgata, a tradução oficial católica em latim. A nova edição oficial servirá como referência para a Igreja no Brasil em suas futuras publicações, como lecionários litúrgicos e documentos.

O projeto começou em 2007 e, portanto, levou 11 anos para ser concluído. A coordenação de tradução e revisão foi realizada pelos padres Luís Henrique Eloy e Silva, Ney Brasil Pereira (in memoriam) e Johan Konings. Os professores pe. Cássio Murilo Dias, Paulo Jackson Nóbrega de Souza e Maria de Lourdes Lima colaboraram.

A equipe de coordenação de tradução e revisão da Bíblia da CNBB comunica:
“Seguimos de perto a nova tradução que, depois do Concílio Vaticano II, foi publicada, em latim, para a Igreja Católica inteira, a Nova Vulgata. Ao mesmo tempo, levamos em consideração a fluência e a beleza, para que o texto possa entrar facilmente no ouvido e ser guardado no coração como alimento espiritual. Ao tomar por modelo a Nova Vulgata, não traduzimos do latim, mas dos textos originais em hebraico, aramaico e grego, segundo os mesmos critérios que tinham sido adotados para a nova tradução latina. Outro distintivo é que o texto inteiro da Bíblia foi retomado pela equipe dos três principais colaboradores para garantir a homogeneidade da linguagem e do estilo”.
O lançamento oficial ocorreu nesta manhã durante a reunião do Conselho Permanente da CNBB, na sede provisória em Brasília. Ao final do evento, o presidente da CNBB, dom Sergio da Rocha, agradeceu aos exegetas e a todos os que colaboraram no aprimoramento das várias edições da Bíblia da CNBB e, de modo especial, nesta nova tradução.
“Confiamos esta Bíblia Sagrada – Tradução Oficial da CNBB a Maria, Mãe da Igreja, discípula fiel do Senhor, que acolheu, meditou e cumpriu a Palavra”.
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Com informações do portal da CNBB

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Igreja tem que ter como critérios a verdade, a bondade e a misericórdia

Papa Francisco na Audiência Geral

O padre José Maria Pacheco Gonçalves, que foi durante muitos anos jornalista da Rádio Vaticano, reflete sobre os últimos tempos do pontificado de Francisco.

Rui Saraiva – Porto
Não têm sido fáceis os últimos tempos do pontificado do Papa Francisco, sobretudo devido ao escândalo dos abusos sexuais a menores por parte de membros do clero. Difícil situação em 2018 foi aquela que aconteceu no Chile e que levou a um pedido de desculpas do próprio Papa e a várias renúncias de bispos daquele país.
Em particular, no final da viagem do Santo Padre a Dublin na Irlanda onde esteve no IX Encontro Mundial das Famílias, ganhou especial relevância a surpresa de uma tomada de posição de um bispo. D. Carlo Maria Viganò, ex-Núncio Apostólico nos Estados Unidos da América pediu a renúncia do Papa invocando que Francisco teria alegadamente encoberto denúncias de abusos sexuais cometidos pelo cardeal Theodore McCarrick. O Papa não comentou a declaração do bispo Carlo Maria Viganò, mas convocou os bispos de todo o mundo para uma reunião inédita no Vaticano para os próximos dias 21 a 24 de fevereiro de 2019. O tema será a prevenção dos abusos sexuais.
Têm sido muitos os comentários e reflexões sobre estes acontecimentos e sobre o estado atual do pontificado e da reforma que o Papa quer imprimir à Igreja. Para refletir sobre este tema pedimos uma reflexão ao padre José Maria Pacheco Gonçalves, redator durante muitos anos da redação de língua portuguesa da Rádio Vaticano e um atento comentador da atualidade da Igreja. Esta é a primeira parte da entrevista que nos concedeu.
P: Como caracteriza esta fase do pontificado de Francisco e no fundo da vida da Igreja?
R: Há que reconhecer que, de facto, são tempos difíceis para a Igreja e para o Papa em particular. De qualquer modo, há que manter a cabeça fria e saber distinguir as pequenas coisas das grandes coisas. O que é preocupante, em relação à pessoa do Papa, é este atrevimento do desafio lançado pelo ex-Núncio em Washington, D. Carlo Viganò, por visar pessoalmente a figura do Papa. Mas, apesar de tudo, já houve outras duas intervenções suas e ele já baixou um bocadinho o tom dizendo que, se calhar, não seria necessário eleger outro Papa, mas que o Papa reconhecesse que havia coisas que não correram da melhor maneira.
No entanto, à parte disso, por exemplo, esta referência a que o Papa se enganou no caso do Chile sobre uma pessoa, são coisas que acontecem no quotidiano, na vida normal. Claro que o Papa foi, se calhar, imprudente quando tentou defender uma pessoa de cuja inocência ele estava convencido… mas eu não sei como é que ele poderia agir de outra maneira! Eu quando, dos dados que tenho, estou convencido da inocência de alguém não posso precipitar-me a condenar ou a admitir isso…
Se há alguma coisa que é difícil neste momento é encontrar a forma mais adequada de reagir a coisas que exigem uma reação forte e clara mas, ao mesmo tempo, não incriminar pessoas que podem estar inocentes. Esta é uma questão que já se põe desde o ano 2000 com João Paulo II, quando a Igreja começou a ter uma atitude forte, a tal tolerância zero, em relação aos casos de abusos a menores por parte do clero. Isso tem que ser assim. Mas por outro lado, os canonistas já na altura chamavam a atenção, para o direito de defesa. E para a situação de não vir a condenar pessoas inocentes.
Neste momento a posição, mesmo de um ponto de vista internacional e mundial, perante esta pressão permanente que existe, é de dar toda a prioridade em relação à problemática das vítimas. E por outro lado, a grande novidade está em que a tolerância zero passou também para outra coisa que se tinha mantido que era esta tentação por parte dos responsáveis de encobrir, de evitar aquilo a que se chamava escândalo. E isso é a grande novidade deste último ano a partir da tomada de posição muito firme na Carta ao Povo de Deus.
Neste momento deu-se um passo positivo na vida da Igreja, que era aquilo que o Papa Francisco, precisamente, desde o início do pontificado tem dito: a Igreja não pode ser auto referencial, não pode estar a defender-se como instituição, tem que ter como critérios a verdade, a bondade, a misericórdia.
P: O que é que têm feito as hierarquias, em particular os bispos, para ajudarem o Papa a enfrentar estes acontecimentos, estas revelações? Fica-se um pouco com a ideia que o encobrimento ainda possa ser uma regra na cabeça de alguns…
R: Penso que, apesar de tudo, a gravidade do que aconteceu e da situação que se criou leva atualmente todos os episcopados, todos os bispos, todos os pastores, a perceberem que não há outro caminho e, atualmente, creio mesmo que já nos últimos dez anos, os casos de alguém que tenta encobrir são raríssimos. Se calhar, foi isso que explica que o Papa Francisco não lhe passava pela cabeça que no caso do Chile, por exemplo, houvesse um número tão grande de casos que continuavam a manter encobrimentos.
A outra questão é a da conversão pessoal e do dinamismo de uma atividade centrada não na auto defesa da instituição, mas na realização daquilo que se deve fazer. E agora aí o que se nota é que a clivagem ao nível do episcopado é entre aqueles que aceitam o Papa Francisco e o desafio de conversão da Igreja que ele propôs e mantêm desde o primeiro dia do pontificado. No fundo, é ter como critério não o prestígio, não o poder, o abuso do poder e a vaidade dos prestígios mundanos mas sim que, efetivamente, o Evangelho existe.
Eu, não há muito tempo, em conversa com uma pessoa na Itália, era um leigo e disse-me assim: ‘eu tenho muita dificuldade em aceitar o Papa Francisco, é um pauperista.’ Eu fiquei a olhar para ele e só lhe disse: ‘o Papa tenta promover o Evangelho e no Evangelho constantemente Jesus é pauperista, Jesus toma a defesa nas bem-aventuranças e em tudo no seu comportamento e de certeza que é alguém que busque o prestígio…’
Há pessoas que se entusiasmam mais com o Papa Francisco com tudo o que tem de opção radical pelo Evangelho e outros que são mais reticentes, mas, se calhar, quem está por trás da posição de D. Carlo Viganò são lobbies, efetivamente, que, nomeadamente, nos Estados Unidos nunca suportaram que o Papa tivesse posições tão claras e tão evangélicas.
Era o padre José Maria Pacheco Gonçalves que voltará com as suas reflexões, sobre o momento atual do pontificado do Papa Francisco, em próximas edições desta nossa rubrica “Sal da Terra, Luz do Mundo”.
Laudetur Iesus Christus

Fonte: Vatican News

terça-feira, 20 de novembro de 2018

Fotos: Missa do 33º do tempo comum e Envio Juventude Missionária


Nesse Domingo 18 de Novembro de 2018, na Paróquia de Nossa Senhora do Carmo, Parque das Nações, Parnamirim/RN, aconteceu a I Missão da Juventude Missionária da  Paroquia de Nossa Senhora do Carmo. A Missão envolveu os jovens da PJ (Pastoral da Juventude) e contou com a participação de alguns voluntários que fazem parte da Paróquia.
A Missão envolveu os paroquianos, lideranças da juventude e famílias que acolheram os jovens missionários, num verdadeiro clima de comunidade assumindo a locomoção dos mesmos, momentos de partilha da Palavra e espiritualidade em  residência e nas ruas da capital. um verdadeiro mutirão de fé, alegria e acolhida para que o objetivo da missão fosse alcançado: ser jovens missionários, verdadeiros sujeitos eclesiais. Fermento, sal e luz da Igreja.


   Deus ama e valoriza cada vida humana, cumulando-a de amor e dos dons necessários à vivência deste amor. Por isso, é essencial estarmos vigilantes a fim de não direcionarmos nossa vida para longe d’Aquele que tanto nos ama.