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Em 13 de março de 2013 foi eleito o Papa "do fim do mundo"
Em 13 de março de 2013, o cardeal Jorge Mario Bergoglio, então arcebispo de Buenos Aires, foi eleito sucessor de São Pedro e se tornou o primeiro Papa nascido na América Latina, bem como o primeiro jesuíta e o primeiro a adotar o nome de Francisco – o que logo foi vastamente interpretado como todo um “programa” de pontificado inspirado no Santo Pobrezinho de Assis, com características como a simplicidade, o desprendimento, a fraternidade e o louvor a Deus também por meio da Sua criação. Em seu primeiro discurso, quando abençoou os fiéis e pediu a bênção deles, Francisco se apresentou como um Papa que os cardeais foram buscar “no fim do mundo”, tanto no sentido geográfico quanto, principalmente, no sentido simbólico.
1 – Reformas institucionais

2 – Viagens às “periferias da existência”
A primeira viagem do novo Papa foi dentro da Itália, em 8 de julho de 2013: Francisco viajou à ilha de Lampedusa, cenário-símbolo da crise dos migrantes que se arriscam em travessias inseguras e frequentemente mortais pelo Mar Mediterrâneo, tentando fugir da miséria e da guerra em seus países de origem. A visita se tornou símbolo do próprio pontificado de Francisco, que procura constantemente ressaltar o chamado missionário cristão a ir até as “periferias da existência” e promover a “cultura do encontro“, em contraste com a cultura do descarte e da morte em que somos pressionados a sobreviver.
O Papa fez viagens apostólicas a todos os continentes, com destaque a países considerados subdesenvolvidos, geopoliticamente periféricos e assolados por graves conflitos sociais e contextos históricos dramáticos, como a República Centro-Africana, Mianmar, a Bósnia-Herzegovina, a Bolívia, o Paraguai, Uganda, a Albânia, Bangladesh e Cuba, além de países e regiões de maioria não católica, tais como a Coreia do Sul, a Turquia, a Terra Santa, o Egito, a Suécia, o Azerbaijão, entre outros.

3 – Jubileu Extraordinário da Misericórdia

O Ano Santo começou em 8 de dezembro, Solenidade da Imaculada Conceição, com a abertura da Porta Santa na Basílica de São Pedro, e se estendeu até 20 de novembro de 2016.
Ao longo do Jubileu, um dos aspectos que o Papa Francisco mais destacou foi a importância de vivermos a misericórdia na prática e não apenas de palavra. Ele enfatizou que precisamos nos deixar ser “misericordiados” pelo Senhor, isto é, acolhidos pelo Seu amor inclusive com as nossas misérias. Nessa dinâmica miséria-misericórdia, ele concretizou a iniciativa das “Sextas-Feiras da Misericórdia”, uma série de visitas-surpresa que acabaram se tornando momentos dentre os mais emocionantes, significativos e objetivos do Jubileu. Saiba mais aqui.
4 – Novo tom, mas doutrina preservada
O Papa destacou a necessidade de ouvir mais, compreender mais e acolher melhor aqueles que não vivem em perfeita harmonia com a doutrina católica, tais como os casais divorciados em segunda união e as pessoas em uniões homossexuais, mas, ao mesmo tempo, reafirmou tudo o que a Igreja ensina sobre a natureza, as finalidades e a indissolubilidade do matrimônio.

5 – Canonizações emblemáticas
O Papa Francisco canonizou santos de imensa relevância na história e na espiritualidade da Igreja, como o Papa João Paulo II, o Papa João XXIII, a Madre Teresa de Calcutá, o casal francês Louis Martin e Zélie Guérin Martin, pais de ninguém menos que Santa Teresinha do Menino Jesus, e os irmãozinhos Francisco e Jacinta Marto, videntes de Nossa Senhora em Fátima.
Entre outros santos canonizados por ele também estão a mística Ângela de Foligno, que viveu no século XIII e que estava beatificada desde 1693, e Pedro Fabro, o primeiro padre e teólogo jesuíta, companheiro de Santo Inácio de Loyola e São Francisco Xavier.

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