Rádio Vaticano |
Maio 10, 2017
© Antoine Mekary / ALETEIA
Pope Francis General Audience May 10, 2017 © Antoine Mekary / ALETEIA
Na catequese desta quarta-feira, 10 de maio, Francisco falou sobre Maria e a viagem que fará à Fátima
“Maria,
Mãe da esperança” foi o tema da catequese do Papa Francisco na
Audiência Geral desta quarta-feira (10/05). Na Praça S. Pedro, cerca de
20 mil fiéis participaram do evento, entre os quais inúmeros brasileiros
da “Obra de Maria” e de Belo Horizonte.
Maria e as mães do nosso tempo
No caminho da sua maternidade, Maria teve que atravessar mais do que
uma noite sombria. Ainda jovem, respondeu “sim” à proposta que o Anjo
Gabriel lhe fez de ser a mãe do Filho de Deus, embora nada soubesse do
destino que A esperava.
“Naquele instante, Maria se parece como uma de tantas mães do nosso
mundo, corajosas até o extremo quando se trata de acolher no próprio
ventre a história de um novo homem que nasce”, disse o Papa,
acrescentando que Ela é uma mulher que não se deprime face às incertezas
da vida; nem uma mulher que protesta e se lamenta contra a sorte que
muitas vezes se Lhe apresentava hostil. Pelo contrário, é uma mulher que
aceita a vida como vem, com os seus dias felizes, mas também com as
suas tragédias.
Maria simplesmente “estava”
Na noite mais escura de Maria, da crucifixão do seu Filho, Ela
permaneceu ao pé da cruz, desconhecendo o destino de ressurreição do seu
Filho. Neste episódio, os Evangelhos são lacônicos e discretos,
registram com um só verbo a presença da mãe. “Ela estava.” Nada dizem de
sua reação nem sua dor, que ficou para a criatividade de poetas e
pintores.
“As mães nunca desistem nem abandonam. As mães não traem”, afirmou
Francisco. Os Evangelhos somente dizem: ela estava. No momento mais
cruel, Ela sofria com o Filho. Estava. Ela simplesmente estava ali. Os
sofrimentos de uma mãe… Todos nós conhecemos mulheres fortes, que
levaram avante os sofrimentos de seus filhos.”
Não somos órfãos
Depois, em Pentecostes, no primeiro dia da Igreja, reencontramos
Maria como Mãe da Esperança em meio àquela comunidade de discípulos tão
frágeis: um tinha negado o Mestre, muitos tinham fugido, todos tinham
medo. Maria simplesmente estava lá no seu modo normal de ser, como se
fosse algo natural: a Igreja primitiva, envolvida pela luz da
Ressurreição, mas também pela incerteza e o medo dos primeiros passos a
dar no mundo.
“Por isso, todos nós A amamos como Mãe. Não somos órfãos, todos temos
uma mãe no céu”, disse ainda Francisco. Maria nos ensina a virtude da
espera, mesmo quando tudo parece sem sentido, pois confia no mistério de
Deus. “Nos momentos de dificuldade, que Maria possa sempre amparar os
nossos passos, possa sempre dizer ao coração: levanta-se, olhe para
frente, para o horizonte. Ela é Mãe de esperança.”
Peregrinação a Fátima
Ao saudar os fiéis língua portuguesa, o Papa recordou sua iminente
viagem a Portugal, “como peregrino a Fátima, para confiar a Nossa
Senhora as sortes temporais e eternas da humanidade e suplicar sobre os
seus caminhos as bênçãos do Céu. Peço a todos que me acompanhem, como
peregrinos da esperança e da paz: as suas mãos em prece continuem a
sustentar as minhas”.
Saudação à Rússia
Francisco dirigiu também uma saudação especial a uma delegação de
jovens sacerdotes do Patriarcado de Moscou, presente no Vaticano a
convite do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos.
“Que Deus abençoe a Rússia e o empenho da Igreja ortodoxa em prol do
diálogo entre as religiões e o bem comum.”
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