O testemunho dos mártires da nossa Igreja nos recorda o que é essencial para a vida, para o cristão, para sermos felizes em Deus
Depois da solenidade universal dos apóstolos São Pedro e Paulo, a liturgia nos apresenta a memória de outros cristãos que se tornaram os primeiros mártires da Igreja de Roma, por isso, protomártires.
O testemunho dos mártires da nossa Igreja nos recorda o que é essencial para a vida, para o cristão, para sermos felizes em Deus, principalmente nos momentos mais difíceis que todos nós temos. Os mártires viveram tudo em Cristo.
No ano de 64, o imperador Nero pôs fogo em Roma e acusou os cristãos. Naquela época a comunidade cristã, vítima de preconceitos, era tida como uma seita, e inimiga, pois não adoravam o Imperador.
Qualquer coisa que acontecia de negativo, os cristãos eram acusados. Por isso, foram acusados de terem posto fogo em Roma, e a partir daí, no ano 64, começaram a ser perseguidos.
Os escritos históricos em Roma narram que os cristãos eram lançados nas arenas para servirem de espetáculo ao povo, junto às feras. Cobertos de piches, como tochas humanas e muitos outros atos atrozes. E a resposta era sempre o perdão e a misericórdia.
O Papa São Clemente I escreveu: “Nos encontramos na mesma arena e combatemos o mesmo combate. Deixemos as preocupações inúteis e os vãos cuidados e voltemo-nos para a gloriosa e venerável regra da nossa tradição: consideremos o que é belo, o que é bom e o que é agradável ao nosso criador.”
1Abrão tinha noventa e nove anos de idade, quando o Senhor lhe apareceu e lhe disse: “Eu sou o Deus Poderoso. Anda na minha presença e sê perfeito”. 9Deus disse ainda a Abraão: ”Guarda a minha aliança, tu e a tua descendência para sempre. 10Esta é a minha aliança que devereis observar, aliança entre mim e vós e tua descendência futura: todo homem entre vós deverá ser circuncidado”. 15Deus disse também a Abraão: “Quanto à tua mulher, Sarai, já não a chamarás Sarai, mas Sara. 16Eu a abençoarei e também dela te darei um filho. Vou abençoá-la, e ela será mãe de nações, e reis de povos dela sairão”.
17Abraão prostrou-se com o rosto em terra, e pôs-se a rir, dizendo consigo mesmo: “Será que um homem de cem anos vai ter um filho e que, aos noventa anos, Sara vai dar à luz?” 18E, dirigindo-se a Deus, disse: “Se ao menos Ismael pudesse viver em tua presença”. 19Deus, porém, disse: “Na verdade, é Sara, tua mulher, que te dará um filho, a quem chamarás Isaac. Com ele estabelecerei a minha aliança, uma aliança perpétua para a sua descendência. 20Atendo ao teu pedido, também, a respeito de Ismael. Eu o abençoarei e tornarei fecundo e extremamente numeroso. Será pai de doze príncipes e farei dele uma grande nação. 21Mas, quanto à minha aliança, eu a estabelecerei com Isaac, o filho que Sara te dará no ano que vem, por este tempo”. 22Tendo acabado de falar com Abraão, Deus se retirou.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Salmo
Responsório (Sl 127)
— Será assim abençoado todo aquele que respeita o Senhor.
— Será assim abençoado todo aquele que respeita o Senhor.
— Feliz és tu se temes o Senhor e trilhas seus caminhos! Do trabalho de tuas mãos hás de viver, serás feliz, tudo irá bem!
— A tua esposa é uma videira bem fecunda no coração da tua casa; os teus filhos são rebentos de oliveira ao redor de tua mesa.
— Será assim abençoado todo homem que teme o Senhor. O Senhor te abençoe de Sião, cada dia de tua vida.
Evangelho (Mt 8,1-4)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.
1Tendo Jesus descido do monte, numerosas multidões o seguiam. 2Eis que um leproso se aproximou e se ajoelhou diante dele, dizendo: “Senhor, se queres, tu tens o poder de me purificar”. 3Jesus estendeu a mão, tocou nele e disse: “Eu quero, fica limpo”. No mesmo instante, o homem ficou curado da lepra.
4Então Jesus lhe disse: “Olha, não digas nada a ninguém, mas vai mostrar-te ao sacerdote, e faze a oferta que Moisés ordenou, para servir de testemunho para eles”.
O Papa Francisco e os cinco novos cardeais que criou hoje visitaram o Papa Emérito Bento XVI.
O Pontífice e os novos cardeais se dirigiram ao Mosteiro Mater Ecclesiae nos Jardins Vaticanos, onde o Papa Emérito vive. Tiveram um breve encontro com ele.
Bento XVI abraçou o Papa Francisco e logo depois cumprimentou um a um os novos cardeais e transmitiu seus melhores desejos e orações.
Nas breves palavras que trocou em espanhol com o Arcebispo de Barcelona, Cardeal Juan José Omella, o Purpurado compartilhou com o Papa Emérito que a partir de 9 de julho, celebrará a Missadominical na Basílica da Sagrada Família.
Bento XVI também expressou sua preocupação por El Salvador ao Cardeal Gregorio Rosa Chávez e falou em francês com o novo Cardeal de Laos.
O encontro foi concluído com a bênção do Papa Bento e do Papa Francisco aos cinco novos cardeais da Igreja Católica.
Os cinco novos purpurados são: Cardeal Jean Zerbo, Arcebispo de Bamako, Mali; Cardeal Juan José Omella Omella, Arcebispo de Barcelona, ??Espanha; Cardeal Anders Arborelius, Bispo de Estocolmo, Suécia; Cardeal Luis-Marie Ling Mangkhanekhoun, Vigário Apostólico de Paksé, Laos; Cardeal Gregório Rosa Chávez, Bispo auxiliar de San Salvador, El Salvador.
É olhar para trás e saber que, antes de mim, tantas pessoas fizeram história…
É saber que a mesma Eucaristia que eu comungo em todas as Missas, foi a mesma que alimentou Tomás de Aquino, antes de escrever a Suma Teológica… a mesma que alimentou Antônio de Pádua, antes das suas pregações… a mesma que saciou Felipe Néri, antes de sair em socorro dos pobres.
É entender que, para que eu conhecesse o Evangelho de Cristo, homens destemidos arriscaram suas vidas em viagens pelo mar bravio, deixando tudo para trás, sem saber se iriam chegar ao destino com vida.
É entender que, a água derramada sobre minha cabeça no dia 28/03/1993, foi o mesmo Batismo que Paulo de Tarso recebeu no dia da sua conversão. O mesmo que banhou o Rei Luís da França, a Rainha Isabel de Portugal e o pobre camponês José de Cupertino, fazendo deles grandes santos.
É compreender que, o Sacramento da Ordem conferido a mim por Dom Murilo Krieger em Salvador, foi o mesmo conferido por Santo Ambrósio ao grande Agostinho de Hipona… o mesmo que Padre Pio recebeu na Itália… o mesmo que Francisco de Assis recusou por humildade.
É subir ao altar para celebrar o Santo Sacrifício, e saber que, no passado, Luís de Montfort e Domingos de Gusmão fizeram o mesmo. Vestiram os paramentos sagrados e ofertaram a Deus a Vítima perfeita.
É ler as cartas de Paulo, os textos de Irineu, as catequeses de João Maria Vianney e entender: tudo isso foi para mim. Eles escreveram para a minha edificação.
É se conscientizar de que, o mesmo Rosário que eu rezo, às vezes de modo apressado, foi o mesmo que a Virgem Maria trouxe nas mãos quando apareceu aos pastores de Fátima. O mesmo que Santo Afonso rezava todos os dias.
É olhar para a Pietá de Michelangelo, para a Catedral de Notre Dame, para a gruta de Lourdes e saber: isso aqui me pertence. São tesouros da minha família. É entrar em qualquer capelinha ou basílica do mundo e sentir que estou em casa. Ali tudo me diz respeito.
Tudo isso começou lá atrás, quando Jesus reuniu 12 homens e os enviou a pregar. Eles não imaginavam que tal projeto resultaria no que vemos hoje… bilhões de pessoas professando a mesma Fé.
Em resumo: ser um católico consciente é a maior alegria que o ser humano pode ter.
REDAÇÃO CENTRAL, 27 Jun. 17 / 07:00 pm (ACI).- Juan Mariano Ávalos Sanabria, que se identifica como pastor do grupo evangélico “congregação pentecostal dos primeiros cristãos”, disse recentemente que o popular brinquedo “fidget spinner” é “satânico”. Será que isso é verdade? Um sacerdote responde.
Em um vídeo postado em sua conta de Facebook, Ávalos Sanabria disse que ao segurar o “spinner”, as pessoas fazem com a mão o “sinal do diabo” e o “666, a marca do diabo”.
“Não permitem que usem em suas casas” este brinquedo, pediu o pastor evangélico.
Em resposta, Pe. Samuel Bonilla, conhecido nas redes sociais como o “Pe. Sam”, encorajou os fiéis a “não cair em satanizar tudo aquilo que vemos, ouvimos, lemos”.
“Que tal cristianizar tudo o que for possível, obviamente com o discernimento do Espírito Santo”, disse o em um vídeo publicado em seu canal do YouTube.
Pe. Sam assegurou que o brinquedo popular “não é satânico”.
“Deus e o diabo são recebidos com atos de liberdade e de vontade, não os recebemos por acidente, uma pessoa não fica possuída pelo demônio por acidente, uma pessoa não aclama Satanás por acidente. A mesma coisa em relação a Deus, não é por casualidade que aceitei Deus”, explicou.
“Se este aparelho ajuda uma criança, um jovem, o Pe. Sam para o estresse, perfeito. Eu não estou invocando o diabo ao girar isso. Para invocar Deus ou para invocar Satanás sempre são atos de liberdade e de vontade”, sublinhou.
O sacerdote também encorajou os católicos a pedir ao Espírito Santo “o dom do discernimento: Senhor que eu possa discernir o que é bom do que é ruim. Pelos seus frutos, disse Jesus, os conhecerão”.
Hoje a Igreja do mundo inteiro celebra a santidade de vida de São Pedro e São Paulo apóstolos
Estes santos são considerados “os cabeças dos apóstolos” por terem sido os principais líderes da Igreja Cristã Primitiva, tanto por sua fé e pregação, como pelo ardor e zelo missionários.
Pedro, que tinha como primeiro nome Simão, era natural de Betsaida, irmão do Apóstolo André. Pescador, foi chamado pelo próprio Jesus e, deixando tudo, seguiu ao Mestre, estando presente nos momentos mais importantes da vida do Senhor, que lhe deu o nome de Pedro.
Em princípio, fraco na fé, chegou a negar Jesus durante o processo que culminaria em Sua morte por crucifixão. O próprio Senhor o confirmou na fé após Sua ressurreição (da qual o apóstolo foi testemunha), tornando-o intrépido pregador do Evangelho através da descida do Espírito Santo de Deus, no Dia de Pentecostes, o que o tornou líder da primeira comunidade. Pregou no Dia de Pentecostes e selou seu apostolado com o próprio sangue, pois foi martirizado em uma das perseguições aos cristãos, sendo crucificado de cabeça para baixo a seu próprio pedido, por não se julgar digno de morrer como seu Senhor, Jesus Cristo. Escreveu duas Epístolas e, provavelmente, foi a fonte de informações para que São Marcos escrevesse seu Evangelho.
Paulo, cujo nome antes da conversão era Saulo ou Saul, era natural de Tarso. Recebeu educação esmerada “aos pés de Gamaliel”, um dos grandes mestres da Lei na época. Tornou-se fariseu zeloso, a ponto de perseguir e aprisionar os cristãos, sendo responsável pela morte de muitos deles.
Converteu-se à fé cristã no caminho de Damasco, quando o próprio Senhor Ressuscitado lhe apareceu e o chamou para o apostolado. Recebeu o batismo do Espírito Santo e preparou-se para o ministério.
Tornou-se um grande missionário e doutrinador, fundando muitas comunidades. De perseguidor passou a perseguido, sofreu muito pela fé e foi coroado com o martírio, sofrendo morte por decapitação. Escreveu treze Epístolas e ficou conhecido como o “Apóstolo dos gentios”.
Naqueles dias, 6bSarai maltratou tanto Agar que ela fugiu. 7Um anjo do Senhor, encontrando-a junto à fonte do deserto, no caminho de Sur, disse-lhe: 8“Agar, escrava de Sarai, de onde vens e para onde vais?” Ela respondeu: “Estou fugindo de Sarai, minha senhora”. 9E o anjo do Senhor lhe disse: “Volta para a tua senhora e sê submissa a ela”. 10E acrescentou: “Multiplicarei a tua descendência de tal forma, que não se poderá contar”. 11Disse, ainda, o anjo do Senhor: “Olha, estás grávida, e darás à luz um filho e o chamarás Ismael, porque o Senhor te ouviu na tua aflição. 12Ele será indomável como um jumento selvagem, sua mão se levantará contra todos, e a mão de todos contra ele. E ele viverá separado de todos os seus irmãos”.
15Agar deu à luz o filho de Abrão; e ele pôs o nome de Ismael ao filho que Agar lhe deu. 16Abrão tinha oitenta e seis anos, quando Agar deu à luz Ismael.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Salmo
Responsório (Sl 105,1-5)
— Dai graças ao Senhor, porque ele é bom.
— Dai graças ao Senhor, porque ele é bom.
— Dai graças ao Senhor, porque ele é bom, porque eterna é a sua misericórdia! Quem contará os grandes feitos do Senhor? Quem cantará todo o louvor que ele merece?
— Felizes os que guardam seus preceitos e praticam a justiça em todo o tempo! Lembrai-vos, ó Senhor, de mim, lembrai-vos, pelo amor que demonstrais a vosso povo!
— Visitai-me com a vossa salvação, para que eu veja o bem-estar do vosso povo, e exulte na alegria dos eleitos, e me glorie com os que são vossa herança.
Evangelho (Mt 7,21-29)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 21“Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos Céus, mas o que põe em prática a vontade de meu Pai que está nos céus. 22Naquele dia, muitos vão me dizer: ‘Senhor, Senhor, não foi em teu nome que profetizamos? Não foi em teu nome que expulsamos demônios? E não foi em teu nome que fizemos muitos milagres? 23Então eu lhes direi publicamente: Jamais vos conheci. Afastai-vos de mim, vós que praticais o mal.
24Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as põe em prática, é como um homem prudente, que construiu sua casa sobre a rocha. 25Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos deram contra a casa, mas a casa não caiu, porque estava construída sobre a rocha. 26Por outro lado, quem ouve estas minhas palavras e não as põe em prática, é como um homem sem juízo, que construiu sua casa sobre a areia. 27Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos sopraram e deram contra a casa, e a casa caiu, e sua ruína foi completa!”
28Quando Jesus acabou de dizer estas palavras, as multidões ficaram admiradas com seu ensinamento. 29De fato, ele as ensinava como quem tem autoridade e não como os mestres da lei.
O Papa Francisco preside às 16 horas, (11 da manhã, hora de Brasília) desta quarta-feira na Basílica Vaticana, um Consistório ordinário público para a criação de novos cardeais, para a imposição do barrete, a entrega do anel e a atribuição do título ou diaconia.
Serão criados cardeais: Dom Jean Zerbo, Arcebispo de Bamako (Mali); Dom Juan José Omella Omella, Arcebispo de Barcelona (Espanha); Dom Anders Arborelius, Bispo de Estoclomo (Suécia); Dom Louis-Marie Ling Mangkhanekhoun, Vigário Apostólico de Paksé (Laos); Dom Gregório Rosa Chávez, Bispo auxiliar de San Salvador (El Salvador)
As visitas de cortesia aos novos Cardeais terão lugar ainda na tarde de hoje (28), das 18 às 20 horas, no átrio da Sala Paulo VI. Amanhã quinta-feira, dia 29 de junho, às 9h30, (4h30, hora de Brasília) na Basílica Vaticana, o Santo Padre abençoará os sagrados Pálios, destinados aos novos arcebispos metropolitanos, e celebrará a Santa Missa da Solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo. A Rádio Vaticano transmite, ao vivo, as duas celebrações com comentários em português.
O Papa encontrou os fiéis e peregrinos presentes na Praça São Pedro neste domingo para a oração mariana do Regina Coeli.
O encontro foi marcado também pelo anúncio da criação de 5 novos cardeais. Veja aqui.
Francisco recordou o Evangelho do dia, que nos “leva àquele momento comovente e dramático que é a última ceia de Jesus com os seus discípulos. O evangelista João recolhe da boca e do coração do Senhor os seus último ensinamentos, antes da paixão e da morte. Jesus promete aos seus amigos que, depois d’Ele, receberão um outro paráclito, ou seja, um outro “advogado”, defensor e consolador, “o Espírito da verdade”, e acrescenta: “Não vos deixarei órfãos, virei até vocês”.
Estas palavras – prosseguiu o Papa – transmitem a alegria de uma nova vinda de Cristo: Ele, ressuscitado e glorificado, está no Pai e, ao mesmo tempo, vem a nós no Espírito Santo. E nesta sua nova vinda se revela a nossa união com Ele e com o Pai: “Vocês saberão que eu estou no meu Pai e vocês em mim e eu em vocês”.
Missão da Igreja
Meditando estas palavras de Jesus – continuou o Pontífice – hoje nós percebemos com senso de fé de sermos o povo de Deus em comunhão com o Pai e com Jesus mediante o Espírito Santo. Neste Mistério de comunhão, a Igreja encontra a fonte inexaurível da própria missão, que se realiza mediante o amor. Jesus diz no Evangelho de hoje: “Quem acolhe os meus mandamentos e os observa, estes são aqueles que me amam. Quem me ama será amado pelo meu Pai e eu também o amarei e me manifestarei nele”.
“É o amor que nos introduz o conhecimento de Jesus, graças à ação do Espírito Santo. O amor a Deus e ao próximo é o maior mandamento do Evangelho. O Senhor hoje nos chama a corresponder generosamente ao chamado evangélico ao amor, colocando Deus no centro da nossa vida e nos dedicando ao serviço dos irmãos, especialmente os mais necessitados de apoio e de consolação”, afirmou Francisco.
Comunidade cristã
Se existe um comportamento que não é fácil – advertiu o Papa – que não é óbvio sequer para uma comunidade cristã é justamente aquele de saber se amar, de se querer bem a exemplo do Senhor e com a sua graça. Às vezes os contrastes, o orgulho, as invejas, as divisões deixam sinais também sobre o belo rosto da Igreja. Uma comunidade de cristãos deveria viver na caridade de Cristo, e em vez é bem ali que o maligno ‘coloca a pata’ e nós, às vezes, nos deixamos enganar. E quem sofre são as pessoas mais frágeis espiritualmente.
“Quantas delas se afastaram porque não se sentiram acolhidas, compreendidas e amadas. Até mesmo para um cristão saber amar não é algo que se conquista de uma só vez; todos os dias se deve recomeçar, se deve exercitar para que o nosso amor para com os irmãos e irmãs que encontramos passe a ser maduro e purificado dos limites ou pecados que os deixam parcial, egoísta, estéril e infiel. Todos os dias se deve aprender a arte de amar, todos os dias se deve seguir com paciência a escola de Cristo, com a ajuda de seu Espírito”.
Que Nossa Senhora, perfeita discípula de seu Filho e Senhor, nos ajude a sermos sempre mais dóceis ao Paráclito, o Espírito da Verdade, para aprender todos os dias a nos amarmos como Jesus nos amou.
Cerca de 20 mil pessoas participaram da Audiência Geral, a tradicional catequese, com o Papa Francisco na Praça São Pedro nesta quarta-feira, 28. O último encontro antes da pausa de verão – as catequeses retornam em agosto – foi dedicado à esperança como força dos mártires.
Ao enviar os discípulos em missão, explicou Francisco, Jesus adverte que o anúncio do Reino comporta sempre uma oposição: “Vocês serão odiados por causa do meu nome”. “Os cristãos amam, mas nem sempre são amados”, disse o Papa. Portanto, os cristãos são homens e mulheres contracorrente, que vivem seguindo um estilo de vida indicado por Jesus – um estilo que Francisco definiu “estilo de esperança”.
A única força é o Evangelho
Para se parecer com Cristo, é preciso ser desapegado das riquezas e do poder, explicou o Santo Padre. O cristão percorre o seu caminho com o essencial, mas com o coração repleto de amor. De fato, jamais deve usar a violência. A única força é o Evangelho. “A perseguição não é uma contradição ao Evangelho. Se perseguiram o Mestre, porque seríamos poupados da luta? Porém, em meio à batalha, o cristão jamais deve perder a esperança”.
Os cristãos, portanto, devem sempre estar na outra margem do mundo, aquela escolhida por Deus: não perseguidores, mas perseguidos; não arrogantes, mas mansos; não impostores, mas honestos.
Perfume de discipulado
Francisco acrescentou que esta fidelidade ao estilo de Jesus foi chamada pelos primeiros cristãos com o nome de “martírio”, que significa “testemunho”. O vocabulário oferecia muitas outras possibilidades: heroísmo, abnegação, sacrifício de si. Mas os primeiros cristãos escolheram um nome “com perfume de discipulado”.
“Os mártires não vivem para si, não combatem para afirmar as próprias ideias, e aceitam morrer somente por fidelidade ao evangelho. O martírio não é nem mesmo o ideal supremo da vida cristã, porque acima dele está a caridade, isto é, o amor a Deus e ao próximo. A ideia de que quem comete atentados suicidas seja chamado mártir repugna os cristãos: neste ato, não há nada que possa se aproximar da atitude de filhos de Deus”.
“Que Deus nos doe sempre a força de ser suas testemunhas. Que Ele nos doe viver a esperança cristã sobretudo no martírio confidencial de fazer o bem e com amor os nossos deveres de todos os dias”.
Na madrugada da segunda-feira, 26 de junho, sujeitos desconhecidos profanaram e roubaram a Eucaristia da Igreja de Santa Rosa de Lima em Caracas (Venezuela) e destruíram um altar onde a Virgem Maria era venerada.
O incidente ocorreu por volta das 3h, quando os delinquentes entraram pelo teto da Igreja administrada pela Ordem dominicana. Imediatamente, roubaram o Sacrário que continha duas âmbulas com hóstias consagradas e um porta viático com uma hóstia grande usado na procissão de Corpus Christi.
Em seguida, destruíram o lado de dentro da capela dedicada à Virgem de Chapi, vasculharam as gavetas e roubaram um colar com a imagem da Mãe de Deus.
Em declarações, o vigário do templo, Pe. Oswaldo Montilla, agradeceu a Deus que por terem “encontrado o sacrário no telhado da igreja, apesar de estar bastante danificado”. Entretanto, lamentou que ainda não haja nenhum “sinal das hóstias nem das ambulas”.
”Isto foi denunciado à polícia e eles vieram durante a manhã. Tiraram as impressões digitais que ficaram impressas em um espelho para fazer as investigações e estamos esperando que o Bispo Auxiliar de Caracas realize o ato de desagravo”, explicou o sacerdote.
Por sua parte, indicou que sente “muita pena” dos ladrões, “porque se eles realmente soubessem o que eles fizeram, eles não ousariam fazer isso novamente”.
“Acho que isso acontece devido a uma grande ignorância dessas pessoas, que não são conscientes da importância e do valor da Sagrada Eucaristia”, acrescentou o sacerdote que, além disso, agradeceu pela solidariedade de seus paroquianos.
“A Irmandade do Santíssimo está muito chocada, mas acho que não podemos desanimar. Devemos pedir ao Senhor na oração para que essas coisas não aconteçam novamente”, afirmou o Pe. Montilla.
Além disso, assinalou que deseja convidar os fiéis a pedir “perdão em nome deles”.
“Espero que isso nos una mais como uma comunidade cristã, porque nas adversidades está a união e força de todos”, acrescentou.
Por sua parte, Dom Tulio Ramirez Padilla, Bispo Auxiliar de Caracas, indicou que a Missa de desagravo será celebrada hoje, às 18h.
O Prelado se dirigiu às autoridades para pedir pela proteção das suas instalações: “Nossas igrejas são sagradas, nós atendemos os mais necessitados”.
“Chega de tantos roubos sacrílegos e profanações em nossos templos. Uno-me aos sacerdotes dominicanos da Paróquia Santa Rosa de Lima e lamento profundamente este ato de profanação ao Santíssimo Sacramento. Chega de roubos e profanações”, concluiu.
Em suas últimas catequeses antes das férias de verão, o Papa Francisco falou das virtudes que um verdadeiro cristão deve ter, entre as quais, a humildade e a pobreza, e citou como modelo os mártires que dão sua vida pelo Evangelho.
Francisco afirmou que a “pobreza” é a primeira indicação e recordou como Jesus envia os seus em missão. “Um cristão que não seja humilde e pobre, desapegado das riquezas e do poder e, sobretudo, desapegado de si mesmo, não se assemelha a Jesus”.
“Os cristãos amam, mas nem sempre são amados”, assegurou o Pontífice. “Desde o princípio, Jesus nos coloca diante desta realidade. Em uma medida mais ou menos forte, a confissão da fé vem dada em um clima de hostilidade”.
A catequese desta última Audiência Geral de quarta-feira teve como título “A esperança cristã é a força dos mártires”.
“Os cristãos – continuou – são homens e mulheres ‘contracorrente’. É normal: pois o mundo é marcado pelo pecado, que se manifesta em várias formas de egoísmo e de injustiça.
Quem segue Cristo caminha em direção contrária, não por um espírito polêmico, mas por fidelidade à lógica do Reino de Deus, que é uma lógica de esperança e se traduz no estilo de vida baseado na indicação de Jesus”.
“O cristão percorre seu caminho neste mundo com o essencial do caminho, mas com o coração cheio de amor. A verdadeira derrota para ele ou para ela é cair na tentação da vingança e da violência, respondendo ao mal com o mal”.
Além disso, “o cristão, sobretudo, deverá ser prudente, às vezes também astutos: estas são virtudes aceitas pela lógica evangélica. Mas a violência nunca. Para derrotar o mal, não se pode compartilhar os métodos do mal. A única força do cristão é o Evangelho”, afirmou.
Por outro lado, destacou que, “nos tempos de dificuldades, deve-se crer que Jesus está diante de nós e não deixa de acompanhar seus discípulos”.
“A perseguição, portanto, não é uma contradição. Se perseguiram o Mestre, como podemos esperar que nos seja poupada a luta?”.
E em meio “às tribulações, o cristão não deve perder a esperança, pensando ter sido abandonado”, acrescentou.
“Há, em meio a nós, Alguém que é mais forte do que o mal, mais forte do que as máfias, do que as tramas escuras, mais forte do que quem lucra sobre os desesperados, de quem espezinha os outros com prepotência”.
De fato, o Papa em sua catequese assinalou que os cristãos “devem se fazer encontrar sempre no outro lado do mundo, o escolhido por Deus: não perseguidores, mas perseguidos; não arrogantes, mas mansos; não vendedores de fumo, mas submetidos à verdade; não impostores, mas honestos”.
E “esta fidelidade ao estilo de Jesus – estilo de esperança – até a morte, será chamada pelos primeiros cristãos com um nome preciso: ‘martírio’, que significa ‘testemunho’”.
O Papa reconheceu que poderia ser chamado de outro modo, como “heroísmo, abnegação, sacrifício de si mesmo”, mas “os cristãos desde o primeiro momento o chamaram com um nome que perfuma o discipulado”.
“Os mártires não vivem para si, não combatem para afirmar as próprias ideias, e aceitam ter que morrer somente por fidelidade ao Evangelho”.
“O martírio não é o ideal supremo da vida cristã, porque acima dele está a caridade, ou seja, o amor para com Deus e o próximo”.
O Papa também disse que “é repugnante para os cristãos a ideia de que os terroristas suicidas sejam chamados ‘mártires’”, porque “não há nada em seu fim que possa se aproximar ao comportamento dos filhos de Deus”.
“Às vezes, lendo as histórias de tantos mártires de ontem e de hoje, permanecemos maravilhados diante da força com a qual enfrentaram a provação.
Esta força é sinal da grande esperança que os animava: a esperança certa de que nada e ninguém poderiam separá-los do amor de Deus que nos foi dado em Jesus Cristo”.
Ao concluir, o Papa pediu que “Deus nos de sempre a força de sermos seus testemunhos. Nos dê o dom de viver a esperança cristã, sobretudo no martírio escondido de fazer o bem e com amor nossos deveres de cada dia”.
Naqueles dias, 1o Senhor falou a Abrão, dizendo: “Não temas, Abrão! Eu sou o teu protetor e tua recompensa será muito grande”.
2Abrão respondeu: “Senhor Deus, que me darás? Eu me vou desta vida sem filhos e o herdeiro de minha casa será Eliezer de Damasco”. 3E acrescentou: “Como não me deste descendência, um servo nascido em minha casa será meu herdeiro”. 4Então o Senhor falou-lhe nestes termos: “O teu herdeiro não será esse, mas um dos teus descendentes é que será o herdeiro”. 5E, conduzindo-o para fora, disse-lhe: “Olha para o céu e conta as estrelas, se fores capaz!” E acrescentou: “Assim será a tua descendência”.
6Abrão teve fé no Senhor, que considerou isso como justiça. 7E lhe disse: “Eu sou o Senhor que te fez sair de Ur dos Caldeus, para te dar em possessão esta terra”. 8Abrão lhe perguntou: “Senhor Deus, como poderei saber que vou possuí-la?” 9E o Senhor lhe disse: “Traze-me uma novilha de três anos, uma cabra de três anos, um carneiro de três anos, além de uma rola e de uma pombinha”. 10Abrão trouxe tudo e dividiu os animais pelo meio, mas não as aves, colocando as respectivas partes uma diante da outra. 11Aves de rapina se precipitaram sobre os cadáveres, mas Abrão as enxotou. 12Quando o sol já se ia pondo, caiu um sono profundo sobre Abrão e ele foi tomado de grande e misterioso terror. 17Quando o sol se pôs e escureceu, apareceu um braseiro fumegante e uma tocha de fogo, que passaram por entre os animais divididos. 18Naquele dia, o Senhor fez aliança com Abrão, dizendo: “Aos teus descendentes darei esta terra, desde o rio do Egito até o grande rio, o Eufrates”.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Salmo
Responsório (SI 104,1-9)
— O Senhor se lembra sempre da Aliança.
— O Senhor se lembra sempre da Aliança.
— Dai graças ao Senhor, gritai seu nome, anunciai entre as nações seus grandes feitos! Cantai, entoai salmos para ele, publicai todas as suas maravilhas!
— Gloriai-vos em seu nome que é santo, exulte o coração que busca a Deus! Procurai o Senhor Deus e seu poder, buscai constantemente a sua face!
— Descendentes de Abraão, seu servidor, e filhos de Jacó, seu escolhido, ele mesmo, o Senhor, é nosso Deus, vigoram suas leis em toda a terra.
— Ele sempre se recorda da Aliança, promulgada a incontáveis gerações; da Aliança que ele fez com Abraão, e do seu santo juramento a Isaac.
Evangelho (Mt 7,15-20)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 15“Cuidado com os falsos profetas: Eles vêm até vós vestidos com peles de ovelha, mas por dentro são lobos ferozes. 16Vós os conhecereis pelos seus frutos. Por acaso se colhem uvas de espinheiros ou figos de urtigas? 17Assim, toda árvore boa produz frutos bons, e toda árvore má, produz frutos maus. 18Uma árvore boa não pode dar frutos maus, nem uma árvore má pode produzir frutos bons. 19Toda árvore que não dá bons frutos é cortada e jogada no fogo. 20Portanto, pelos seus frutos vós os conhecereis”.