o Sacerócio: um caminho fascinante mas, também exigente
Cidade
do Vaticano (RV) – Faleceu nesta quarta-feira, dia 31 de Maio de 2017, o
Cardeal Lubomyr Husar, Arcebispo Maior emérito de Kyiv-Halyc (na
Ucrânia). Com a sua morte, o colégio cardinalício resulta actualmente
constituído por 221 cardeais: 116 eleitores e 105 não eleitores.
Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco recebeu hoje, quinta-feira
dia 1 de Junho de 2017, às 11,15 horas locais de Roma, em audiência na
Sala do Consistório do Vaticano, os cerca de cem participantes da
Plenária da Congregação para o Clero.
Estou feliz de poder dialogar convosco sobre o grande dom do
ministério ordenado, à poucos meses da promulgação da nova Ratio
Fundamentalis. Este documento fala de formação integral, isto é, capaz,
de incluir todos os aspectos da vida; e assim indica o caminho para
formar o discípulo missionário. Um caminho fascinante mas também
exigente.
Reflectindo sobre estes dois aspectos, acrescentou Francisco, o
fascínio da chamada e as exigências empenhativas que ela comporta,
pensei de modo particular nos jovens sacerdotes, que vivem a alegria dos
inícios do ministério e, ao mesmo tempo, advertem o peso.
De facto, o coração de um jovem sacerdote, observa o Papa, vive entre
o entusiasmo dos primeiros projectos e a ânsia das fadigas apostólicas,
nas quais se emerge com um certo temor, aquilo que é sinal de
sabedoria. Ele sente profundamente o júbilo e a força da unção
recebida, mas os seus ombros iniciam a ser gradualmente gravados pelo
peso da responsabilidade, dos numeroso empenhos pastorais e das
expectativas do Povo de Deus.
Como vive tudo isso um jovem sacerdote? O que é que leva consigo no
coração? De que coisa necessita para que os seus pés, que correm para
levar o anúncio do Evangelho, não se paralisem diante dos medos e das
primeiras dificuldades?
É certo, admite Francisco, que os jovens são julgados de maneira um
pouco superficial e muito facilmente etiquetados como “gerações
líquidas”, privadas de paixão e de ideais. De certo, sublinha ainda o
Papa, existem jovens frágeis, desorientados, fragmentados ou
contaminados pela cultura do consumismo e do individualismo. Mas isto,
adverte o Santo Padre, não nos deve impedir de reconhecer que os jovens
são capazes de apostar com firmeza sobre a vida e de meter-se em jogo
com generosidade; de concentrar o próprio olhar para o futuro e de ser,
um antídoto à pusilanimidade e a perda da esperança característica da
nossa sociedade; capazes de serem criativos e fantasiosos, corajosos em
mudar, magnânimos quando se trata de empenhar-se para os outros ou por
ideais como a solidariedade, a justiça e a paz. Com todos os seus
limites, os jovens permanecem, portanto, um recurso, afirma Francisco.
Podemos perguntar então, nos nossos presbitérios, como olhamos para
os sacerdotes jovens? Deixemo-nos, antes de mais iluminar pela Palavra
de Deus, que nos mostra como o Senhor chama os jovens, confia neles e os
envia para a missão.
Francisco termina o seu discurso propondo aos sacerdotes jovens
algumas atitudes fundamentais para o seu ministério: rezar sempre sem
nunca se deixar levar pelo cansaço; caminhar sempre, porque um sacerdote
permanece sempre um discípulo nas estradas do Evangelho e da vida;
finalmente, partilhar sempre com todo o coração, pois que a vida
presbiteral não um trabalho burocrático nem um conjunto de práticas
religiosas ou litúrgicas, mas é pôr em jogo a própria vida para o Senhor
e para os irmãos. Daí que rezar incessantemente, caminhar sempre e
partilhar com coração, significa viver a vida sacerdotal olhando para o
alto e pensando em grande. Não é uma tarefa fácil mas só precisa que se
tenha plena confiança no Senhor, pois Ele nos precede sempre no caminho,
concluiu dizendo o Santo Padre.
Fonte:http://pt.radiovaticana.va
Nenhum comentário:
Postar um comentário